Em História potencial, Ariella Aïsha Azoulay investiga as origens e os efeitos do imperialismo, entendido como uma máquina de dominação política mas também ontológica. Estudiosa do campo da cultura visual, a pesquisadora israelense propõe outra maneira de pensarmos as diversas instituições que conformam o mundo imperial, tais como fotografias, arquivos e museus. A pesquisa acompanha pessoas, documentos e artefatos arrancados de seus mundos com o intuito de se constituírem como tecnologias produtoras de um “passado” coerente com a história imperial e do "presente" do mundo imperial. A prática de uma “história potencial” estimula um exercício crítico de pensamento à revelia do modo de pensamento imperial, de modo que possamos resistir à aceitação da violência como a única ordenação social possível e cultivarmos uma estratégia possível para “desaprender” o imperialismo.


O curso está dividido em dois momentos. Na primeira aula, vamos conhecer um pouco mais sobre a autora e sobre os principais contextos teóricos que estão em História potencial. No segundo encontro, vamos adentrar as propostas presentes no livro sobre como desaprender os modos de pensamento e de existência imperialistas.


Aula 1 Definição de imperialismo. Arquivos oficiais como tecnologias da violência imperial. Naturalização da história imperial e da estetização da violência.

Aula 2 Definição de história potencial. Fotografia como cidadania. Reparação histórica. O perdoável e o imperdoável.


2 aulas / 1h cada

49,90


Formato: 2 aulas on-line gravadas

Carga horária: 1h / aula, totalizando 2hs.

Haverá emissão de certificado.

Contra a história imperial: desaprender, reivindicar, reparar

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Anelise De Carli é professora e pesquisadora da Associação de Pesquisas e Práticas em Humanidades (APPH), atualmente desenvolvendo o projeto "A Terra e nós: educação, pesquisa e cidadania no Antropoceno" (PUC-Rio/CNPq). É doutora e mestre em Comunicação e Informação (UFRGS), e foi professora da Escola de Belas Artes da UFRJ. Dedica-se a pesquisas sobre cultura visual, produção do imaginário contemporâneo e emergência climática, e as relações entre experiência estética e emancipação política na perspectiva decolonial. Atua junto a projetos de museus e de artistas visuais e cênicos. Lidera o Grupo de Pesquisa Pensamento por Imagem (GPPimg).

Para Ariella Aïsha Azoulay, fazer história potencial significa recusar a busca irrefreável pelo novo e afirmar um compromisso com os mundos destroçados pelo domínio imperial. Não se trata de negar o efeito presente desse domínio nem de buscar uma versão alternativa de passado, e sim de adotar outra postura diante de um mundo atravessado pelo imperialismo, que reconheça a motivação política por trás da divisão entre passado, presente e futuro. É ao retornar para o momento em que outro mundo ainda era possível que se pode recuperar o potencial que sempre esteve lá.

LITERATURA / ROMANCE / COLONIALISMO

Análise da obra de Joseph Conrad e seu lugar no campo do romance inglês, abordando procedimentos formais e o contexto histórico colonial da narrativa.




2 aulas / 1h cada

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ANTROPOCENO / ECOLOGIA / FILOSOFIA

Introdução ao pensamento da filósofa Elizabeth Povinelli, que aborda questões cruciais do Antropoceno, em especial os modos de relacionar vida e não-vida.




2 aulas / 1h cada

49,90

NEGRITUDE / HISTÓRIA / MOVIMENTO NEGRO

Apresentação do pensamento da intelectual Beatriz Nascimento, no contexto do movimento negro dos anos 1970, em que uma parte da juventude adentra as universidades e se coloca com discursos, arte e com o corpo.


2 aulas / 1h cada

49,90